2010/11/09

Apresentação

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Os blogues de Desenho da FAUP são um projecto lançado por José Manuel Barbosa em 2007, no entanto, só se concretizaram de forma vísivel em 2010.
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 Prémio Projecto de Inovação Pedagógica
da Universidade do Porto, 2018-2019
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Desenho I - FAUP
. Este projecto foi criado por José Manuel Barbosa como complemento das aulas da unidade curricular de Desenho 1 da FAUP e tem um intuito essencialmente pedagógico. Os alunos poderão observar exemplos de exercícios elaborados por alunos de anos precedentes. A selecção das imagens procurará mostrar objectivos, competências e resultados de aprendizagem a desenvolver no âmbito das diferentes questões colocadas aula a aula. Os conteúdos e as matérias do programa poderão igualmente ser objecto de debate e de contínuo esclarecimento.
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Colaboração inicial:
Armando Ferraz, José Maria Lopes, Luís Lima, Marco Mendes, Nuno Sousa.
mais tarde juntaram-se:
Filipe Matos, Isabel Carvalho, Jorge Abade, Ricardo Leite e Sofia Barreira.

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. Coordenação da unidade curricular:
. José Maria da Silva Lopes (desde 2009) - jlopes@arq.up.pt
. José Manuel Barbosa (2018-2019) - jbarbosa@arq.up.pt
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. Língua de Ensino: Português
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Objectivos
 
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A Disciplina de Desenho ao promover a representação e o conhecimento do mundo visível e das imagens mentais através do registo gráfico manual, tem os seguintes objectivos:
- Desenvolver no estudante a capacidade de observação, a habilidade e o conhecimento do acto do desenho e a sensibilidade aos valores plásticos e estéticos;
- Criar condições para que o estudante enfrente o acto de projectar com agilidade espontaneidade e consciência;
- Estimular a presença no acto projectual de componentes não sistemáticas, simbólicas e poéticas. 
- Promover a satisfação e o conhecimento da necessidade e do prazer da representação; da expressão do número e da medida; da memória visual da realidade exterior e interior. 
- Reconhecer que o desenho é a expressão gráfica de uma intencionalidade que deve procurar a sua matriz na realidade exterior e no património do Desenho e da Arquitectura;
- Entender que se aprende a desenhar desenhando e desenhando-se, isto é, a intencionalidade do desenho está, também, na matriz que é o autor.
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Resultados de aprendizagem e competências:
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No final do ano lectivo o aluno, através do desenho, deve ter adquirido competências e capacidades de observação, de representação, de memorização, de expressão, de organização e de desenvolvimento projectual. 
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. Modo de trabalho: Presencial.
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PROGRAMA
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O programa desenvolve-se através de
3 FASES tratando 4 Temas Gerais: O Corpo Humano, O Objecto, O Espaço Interno e A Paisagem, num progressivo aprofundamento técnico conceptual e metodológico.
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1ª Fase Percepção e Reconhecimento 
das pessoas, dos objectos, do espaço interior e da paisagem urbana. 

Iniciação do contacto com o universo do desenho, dos métodos, dos ritmos e dos procedimentos.
- Introdução à percepção, à prática do ver e à sua consciencialização;
- As características da visão e as técnicas de representação;
- A estrutura, medida, e proporção das formas.
- O espaço - os sistemas de representação e os métodos empíricos.
- As características morfológicas, as interacções e as qualidades do espaço.
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 Sessões Teóricas 
- Apresentação da disciplina e do regime do trabalho.
- Os instrumentos e suportes.
- A representação perspéctica – um método empírico.
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2ª Fase Reconhecimento e Expressão 
dos objectos, do corpo humano, da figura humana, do espaço contido, da paisagem. 
Sistematização das experiências, dos conhecimentos e dos processos de trabalho. 
- As imagens da realidade e as realidades da imagem.
- Os suportes do desenho, os instrumentos, modos e processos.
- Dos modos e atitudes na expressão gráfica.
- Da percepção e da observação - condições de reconhecimento e cultura - “cultivo da realidade”
- Dos conceitos do desenho e das metodologias de trabalho.
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Sessões Teóricas
- Os modos do desenho
- Esboço; Contorno; Detalhe; Esquisso 
- A cor como imaterial - como sistema;
- A cor como material - como técnica
 
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3º Fase Expressão e Consideração 
no espaço contido, nos objectos, na figura humana, na paisagem. 
A “consideração” é entendida como a valorização e autonomização das capacidades produtivas do estudante face ao real. 

- Da intencionalidade conceptual, programática e poética do estudante.
- Da identidade gráfica e estética.
- Das qualidades e características do tema.
- Da capacidade em compor imagens
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Sessão Teórica.
- A expressão gráfica.
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Bibliografia Obrigatória
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ARIKHA, Avigdor – Peinture et Regard: Écrits sur l’Art 1965-1990. Paris, Hermann Editeurs, 1991.
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ARNHEIM, Rudolf – O Poder do Centro. Um Estudo da Composição nas Artes Visuais. Lisboa: Edições 70, 1990.
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ARNHEIM, Rudolf – Arte e Percepção Visual: Uma Psicologia da Visão Criadora. S. Paulo: Livraria Pioneira Editor, (1954) 1992.
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DAMISCH, Hubert – Traité du Trait. Paris: Reunion des Musées Nationaux, 1995.
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EDWARDS, Betty – Desenhando com o Lado Direito do Cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 2000.
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EDWARDS, Betty – Desenhando com o Artista Interior. São Paulo: Editora Claridade, 2002.
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EDWARDS, Betty – Exercícios para Desenhar com o Lado Direito do Cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 2003
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FREDERICO, George – Ver pelo desenho. 4.ª Edição; Livros Horizonte, 1993. ISBN: 9789722408516
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GOLDSTEIN, Carl – Visual Fact Over Verbal Fiction. A Study of the Carracci and the Criticism, Theory and Practice of Art in Renaissance and Baroque Italy. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
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GOLDSTEIN, Nathan – Figure Drawing – The Structure, Anatomy, and Expressive Design of Human Form. New Jersey: Prentice-Hall, Inc., 1981. ISBN: 0-13-314444-5
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GOLDSTEIN, Nathan – The Art of Responsive Drawing. New Jersey: Prentice-Hall, Inc., 2006.
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HOLANDA, Francisco De – Do Tirar Polo Natural. Lisboa: Livros Horizonte, 1984 [1549].
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HOLANDA, Francisco De – Da Ciência do Desenho. Lisboa: Livros Horizonte, 1984 [1571].
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LOPES, José Maria da Silva – O Acto Desenho, O Desenho dos Actos. Edição Policopiada; FAUP, Porto, 2009.
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MAIA, Pedro – As Máquinas do desenho. Edição Policopiada. Lisboa: FAUP.
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MASSIRONI, Manfredo – Ver pelo Desenho: Aspectos técnicos, cognitivos, comunicativos. Lisboa: Edições 70, 1982.
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MOLDER. Maria Filomena – “Notas de leitura sobre um texto de Walter Benjamim” in Matérias Sensíveis. Lisboa: Relógio d’Água, 1999, pp. 18-33.
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MOLINA, Juan José Gomez [Coord.] – Máquinas y Herramientas de Dibujo. Madrid: Cátedra, 2002.
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MOLINA, Juan José Gomez [Coord.] – Las lecciones del dibujo. ISBN: 84-376-1376-0

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MOLINA, Juan José Gomez [Coord.] – Estrategias del dibujo en el arte contemporáneo. ISBN: 84-376-1694-8
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MOLINA, Juan; CABEZAS, Lino; COPÓN, Miguel – Los Nombres del Dibujo. Madrid: Cátedra, 2005.
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NICOLAÏDES, Kimon – The Natural Way to Draw: A Working Plan for Art Study. Boston: Houghton Mifflin, 1969.
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PERNIOLA, Mario – A Arte e a sua Sombra. Lisboa: Assírio e Alvim, 2005.
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RODRIGUES, Ana Leonor M. Madeira – O Desenho: Ordem do Pensamento Arquitectónico. Lisboa: Editorial Estampa, 2000.
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RODRIGUES, Ana Leonor M. Madeira – Desenho. Lisboa: Quimera Editores, 2003. ISBN: 972-33-1608-0
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SHITAO – A Pincelada Única. Guimarães: Edições Pedra Formosa, 2001 [c. 1720], [Trad.: Adelino Ínsua].
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SILVA, Vítor – Ética e Política do Desenho. Teoria e Prática do Desenho na Arte do Séc. XVII. Porto: Edições da FAUP, 2004. ISBN: 972-9483-64-7
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VAZ, Suzana – “4 modos do desenho para uma percepção desenvolvida. O desenho do natural como método pedagógico” in AA. VV. – Psiax. Porto: FAUP e UM, 2003, N.º 2, pp. 35-43.
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VIEIRA, Joaquim – “Desenho e Pintura não são o mesmo” in AA. VV. – Psiax. Porto: F.A.U.P. e U.M., 2004, N.º 3, pp. 5-14.
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VIEIRA, Joaquim – “Desenho e vejo a imagem do que imagino que vi” in AA. VV. – Psiax. Porto: FAUP e FBAUP, 2008, N.º 6, pp. 45-49.
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VIEIRA, Joaquim – “O que eu digo dos desenhos” in AA. VV. – Desenho/Projecto. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 1995, pp. 82-87.
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VIEIRA, Joaquim Pereira Pinto – O Desenho e o projecto são o mesmo?. Porto: FAUP Publicações, 1995. ISBN: 972-9483-13-2
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Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
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O programa será desenvolvido segundo a tipologia de aula teórico-prática. As sessões teóricas destinam-se a apresentar as matérias, os temas, os exemplos e os fundamentos teóricos dos exercícios práticos a desenvolver em cada fase de trabalho e estudo. Serão fornecidas fichas de trabalho definidoras do enquadramento teórico e prático de cada fase, bem como do regime dos exercícios e dos parâmetros de avaliação e crítica. Os exercícios constituem o referente didáctico, por excelência, a partir do qual se promove a reflexão crítica sobre o próprio trabalho e o dos outros. Privilegia-se o contacto entre o docente e o aluno, sujeitos comprometidos na interacção de saberes e de expectativas, de questões e de respostas. Os pontos de situação e as sessões de avaliação constituem momentos fundamentais de todo o processo.
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Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
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A avaliação é contínua. Processa-se através da correcção de cada trabalho, da crítica comparada e de pontos de situação tomando em consideração, explicitamente, os factores de avaliação expressos nas fichas de trabalho de cada uma das fases.
No fim de cada fase há uma exposição e avaliação individual do trabalho com atribuição de classificações de 0 a 20.
No final do ano o aluno deve entregar o trabalho da última fase e o de todas as fases anteriores.
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Obtenção da Frequência
A não apresentação da pasta com todo o trabalho implica a reprovação no ano. A presença nas sessões de avaliação é obrigatória e indispensável. Não há recurso a exame. Para a obtenção da frequência é necessário garantir a assiduidade a, pelo menos, 75% das aulas previstas. 
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Palavras-chave
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Desenho; Representação; Percepção; Reconhecimento; Espaço; Perspectiva; Projecto; Figura; Imagem; Expressão; Composição; Consideração.
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O programa actual de Desenho I da FAUP surge na continuidade do programa implementado pelo Pintor Joaquim Pinto Vieira (Professor Catedrático Jubilado).
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Concepção; Selecção, Digitalização e Tratamento de Imagem; Edição: José Manuel Barbosa
Selecção e Digitalização de Imagem: Nuno Sousa
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